

Diante da grande acessibilidade na área gerada pela presença do metrô e das oportunidades geradas pela perspectiva de criação de um Campus da Universidade de Brasília e pela transferência do Centro Administrativo para esta área, o Centro Metropolitano toma forma e conteúdo.


Para reduzir os impactos da urbanização de Ceilândia e Taguatinga e da própria ocupação da área, o estudo propõe duas barreiras vegetais que constituem freios ao carreamento de resíduos: a primeira ao longo da linha do metrô, e a segunda no limite da ARIE, onde deve-se implantar uma área de lazer linear delimitada por uma ciclovia e por uma via de circulação (fig. 4).
Como segundo elemento para definição da forma urbana, estrutura-se o sistema viário paralelo às curvas de nível, com três vias principais que definem faixas de ocupação do solo, em que o tecido urbano se rarefaz à medida que se aproxima da ARIE do Parque JK.
Dessa forma, pretende-se uma ocupação mais intensa do solo nas proximidades da linha do metrô, justamente nas áreas inseridas na Zona ZA 3-Atividades Centrais, e uma ocupação mais extensiva do solo, na área que tangencia a ARIE do Parque JK.
Outra questão fundamental do desenho urbano é a definição de lotes com maior dimensão para que sejam destinadas grandes superfícies permeáveis. Estima-se que a permeabilidade a ser exigida varie de 30 a 50%.
Em torno do Centro Administrativo, permanece a morfologia anterior do Centro Metropolitano. Propõe-se, porém, a alteração da forma de ocupação dos quarteirões, de uma lógica de edificações centralizadas no lotes, com alta incidência de espaços impermeabilizados, para uma lógica de ocupação perimetral do quarteirão, com pátios internos permeáveis. Com isso, muda também o parcelamento de tais quarteirões, resguardando-se aqueles lotes já repassados a instituições.
vA área mais próxima à ARIE JK será ocupada pelo Sambódromo, uma grande praça cívica e uma arquibancada, projeto de Oscar Niemeyer, e por alguns lotes institucionais que acomodarão as atividades definidas pelo PDL de Ceilândia: uma biblioteca pública, museu, centro cultural e teatro. Neste grandes lotes, a ocupação do solo seguirá os mesmos moldes de definição de alta taxa de permeabilidade e baixo potencial construtivo.
A continuação desta faixa em direção ao Estádio Serejão, será ocupada por um conjunto de quadras residenciais, nos moldes das superquadras do Plano Piloto, onde configuram-se grandes extensões de jardins públicos. Esta área materializa um projeto-piloto da proposta desenvolvida pelo arquiteto Jaime Lerner para a ocupação de áreas urbanas nos limites de vales.
Quanto à infra-estrutura, busca-se uma alternativa que defina menores impactos, especialmente no que se refere à drenagem pluvial. O projeto de drenagem adotará sistemas de sarjetas integradas ao siste*ma de circulação viária, e lagos de retenção.
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